Amor maior...
E, há 22 anos, deite o primeiro beijo, abracei-te infinitamente e para sempre, e pude olhar o teu corpo que saía do meu...
Não digo que fui mãe há 22 anos porque me senti mãe desde o primeiro momento em que algo me disse que já estavas no meu ventre e em que eu olhava no espelho e dizia: estou com barriga e toda a gente se ria porque nada viam, mas eu sentia...
Foste e és a experiência mais bonita de todas: a com que sempre sonhei! E ter-te junto ao meu peito foi a maior benção divina. Chegaste tranquilamente e instalaste-te na minha barriga numa certeza absoluta que ali irias permanecer o tempo que fosse necessário; conversámos muito e já te tratava pelo teu nome mesmo quando ainda nem sabia, ecograficamente, qual seria o teu sexo; e fazias-me comer, comer como se não houvesse amanhã.
Num domingo de sol, resolvi ir passear com o teu pai na praia para acelerar o processo que já intuía que iria acontecer no dia seguinte e assim foi. Deste os primeiros sinais pela manhã, tranquilizei o teu pai e disse quando for hora ligo-te e vens-me buscar!
Vocalizei mantras, pedi-te que fosse fácil o teu parto e assim aconteceu!
Enquanto saias de dentro de mim, segurava-te por baixo dos braços e quem estava à volta apenas aguardava que tudo corresse bem, não fosses tu resolver escorregar-me das mãos.
Sorriste!!! Sim, antes de chorares como nos dizem ser natural nos bebés quando nascem, sorriste como se quisesses dizer: eu sei quem tu és, mamã!!!
E a minha vida nunca mais foi igual...
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