Bem me parecia que...

Passou um mês e nem aqui pus os pés (no caso, os dedos das mãos)... Não foi intencional, não foi o que tinha programado, apenas aconteceu...

E isto faz-me lembrar, as tantas vezes, que nos comprometemos a um determinado objetivo e não o cumprimos. São várias as causas, os pretextos, as condições que surgem e que nos tiram o foco desse objetivo traçado e que nos fazia sentido num passado que já lá vai...

Como me sinto relativamente a isto? Bem! E isto é o que mais importa!!!

Os meus objetivos sou eu que os traço e já bastam os objetivos e resultados que me são impostos, noutros contextos para os quais sou paga para os concretizar, para, eventualmente, perder a noção do meu valor como pessoa, do que ainda colocar esta carga naquilo que defino para mim num determinado período da minha vida: e, neste caso, o período foi definido por uma vontade de ativar estas partilhas sobre a vida de uma praticante de Yoga.

Talvez tenha começado com ambição a mais (fruto de uma característica pessoal com a qual já lido desde que me conheço como pessoa) ou talvez a minha vida se tenha alterado e o que ontem fazia sentido, já não faz mais hoje... E está tudo bem! Porque se há coisa que a vida nos demonstra é que a mudança é a coisa mais banal e corriqueira e que quem se adapta aproveita mais esta experiência humana.

Com isto não estou a falar que se deva estar sempre a mudar só porque sim ou porque dá jeito para não se lidar com algo constrangedor que mexe com o ego e insufla o sofrimento de que a sociedade tanto gosta... ahahah Essa ideia que tudo pode ser um trauma a escarafunchar em prol de uma solução que não se avizinha porque a intenção não é tirar a pedra do sapato e sim cavar um buraco no pé para que a pedra se encaixe e relembre sempre que existiu...

Pois bem, Setembro aquele mês que eu tanto amo, passou... E tenho de olhar para a minha agenda e ver o que fiz porque a memória, foi-se... 

Foi um mês intenso: regressei de férias, numa sintonia incrível alcançada numa semana de liberdade e foi o chegar e perceber que, de facto, uma pessoa trabalha, trabalha e trabalha e quase não consegue "viver a vida"... Foi o preparar o início de um ano letivo porque é curioso: temos o ano civil, temos o letivo e temos o ano do nosso aniversário, fora todas comemorações anuais de um qualquer acontecimento importante na nossa vida...

(tantas reticências que para aqui vão...)

Foi a felicidade de saber que as minhas formações modulares certificadas e gratuitas estavam cheias e que iam acontecer (o que inclui estudar, olhar para a matéria, relembrar o que pode ser melhorado em relação às edições anteriores: sendo que o grupo faz o rumo de cada edição); foi o workshop de pão de vapor; foi a inscrição num workshop de Tantra Clássico; foram substituições de aulas; foi iniciar outra aula às 7h30; foi ter de treinar sozinha sem a minha PT que é uma máquina e me motiva muito e fiquei sem motor de motivação ahahah; foi tirar um sinal no peito; foi conhecer um possível espaço para o meu primeiro retiro; foi saber que nem me chamaram para entrevista numa candidatura que fiz em Agosto e que ainda por cima me custou bastante preencher o formulário porque tinha o dedo anelar direito partido; foi a consulta de acompanhamento com o meu nutricionista vegan e ficar mega contente porque me aumentou a quantidade de gordura (azeite, abacate e natas de soja); foi o retornar também das sessões de coaching que dou; foi praia (sei que fui à praia, só não sei quantas vezes); foi tanta coisa e, no final, foi começar a dar a formação o que significa começar o dia de trabalho às 3ªs feiras às 7h15 e terminar às 22h30 e às 5ªs feiras às 7h30 e terminar 22h30.

E isto é só um resumo do que foi Setembro que terminou com um pôr do sol lindo visto do retrovisor do lado direito do meu carro enquanto seguia rumo ao Centro de Formações rodeada de um trânsito intenso demais mas que graças a Deus ia no sentido contrário ao meu (como eu gosto de andar no sentido contrário da multidão...).

Outubro prevê-se igualmente movimentado e extraordinário porque me permiti a estar ainda mais, presente a desfrutar dos pequenos pormenores maravilhosos que acontecem diariamente se nos predispusermos a tal... O pôr do sol continua no retrovisor: o nascer do sol no canto norte nascente da minha casa; o rio ali ao fundo; as nuvens a dançarem por cima da minha cabeça; o almoço com leitura (mesmo que seja só uma ou outra vez por semana); o workshop de Tantra Clássico mais os podcasts e mantras a toda a hora; a magic box vegan que adquiro na Too Good to Go (quanto menos desperdício alimentar melhor); o retorno a um espaço onde dei aulas antes da pandemia (é sempre bom quando nos ligam a dizer queremos de novo as tuas aulas); a formação que está ser espetacular (este grupo é muito interessado e ávido de conhecimento); aquele friozinho aconchegante de Outono; as eleições que serão amanhã; e o mês ainda nem chegou a meio... 

E o começar a repensar o que foi este ano civil que passou... Aprendizagens, as lutas que quero continuar a agarrar, as coisas que quero soltar, os objetivos que ficaram por concretizar, redefinir; observar; estruturar ideias; continuar; sorrir e muito porque, de facto, se sorrirmos perante as adversidades da vida elas tornam-se nossas aliadas, amigas leais!

E é esta a mensagem: por mais objetivos que traces nem sempre as circunstâncias da vida permitem que os atinjas e o que mais importa é a forma como lidas com isso!

Até Novembro! Oxalá, reticências...


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