Isto não é sobre...
Só que a sociedade atual está num caminho que deitar cedo é quase impossível, levantar cedo é obrigatório e os resultados andam aí…
Esta obrigatoriedade de fazer, fazer, fazer como se fazer fosse sinónimo de sucesso quanto muito desse fazer é feito de forma inconsciente sem foco, sem presença, sem objetivo específico ou sem permitir um crescimento interno em prol do autoconhecimento e transcendência do ego, parece-me que gera o caos, a ansiedade, a frustração, entre outros pontos que são as doenças atuais. Eu olho e penso que toda esta forma de ver a vida humana é propositada e foi criada para dominar com a ilusão de progresso, triunfo, êxito. E entristece-me que as pessoas não vejam ou não queiram ver este delírio em que o mundo está a caminhar e que se satisfaçam com o raio da desculpa de que o progresso tem as suas questões mas é desenvolvimento como se a evolução não pudesse caminhar para o abismo… E depois, nem se olha para a forma como a sociedade se está a estruturar mas continua a querer-se que os costumes de antigamente sejam os hábitos de agora quando estes não se encaixam mais na forma de estar que a sociedade, no geral, impõe como se as pessoas quisessem um determinado futuro mas estivessem agarradas ao passado, sem perceber como existe um desfasamento incrível entre o que era e o que é agora.
Por isso é que eu abano a cabeça quando vejo por aí gritos de acordar às 5h como uma demonstração de vitória e observo as pessoas a tentar seguir esses gritos e a morrerem de cansaço… Cada indivíduo carrega consigo um cenário circunstancial de vida e convém adaptar-se a ele para que possa viver em paz, com paz e a desfrutar do momento presente. O que pode ser um facto minimamente aceitável para mim, não tem necessariamente de o ser para quem vive no apartamento ao lado do meu e acho que esta visão de adaptabilidade dos horários e também dos ritmos de cada um/uma é cada vez mais necessária para que sejamos felizes, sem imposições externas do que é o sucesso e de que contornos esse sucesso deve ter.
E como se diz muito por aí, isto não é sobre horários (ahahahah isto não é sobre ahahahaha)
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